A Alemanha concluiu o fechamento das últimas três usinas nucleares existentes em seu território: Neckarwestheim e Emsland e Isar 2. Entre as principais motivações desse fechamento estão a busca por fontes renováveis, gestão de resíduos e o medo de acidentes nucleares (como o que ocorreu na cidade japonesa de Fukushima em 2011).
O fechamento encerra 62 anos desde que a primeira usina nuclear (de Kahl) foi instalada no país. Historicamente, a participação da energia nuclear na matriz energética alemã diminuiu de 30% em 1997 para os 6% atuais. O país chegou a ter 19 reatores em funcionamento.
Gestão de resíduos e alto custo
Uma das principais críticas feitas por ambientalistas e ONGs como o Greenpeace é o fato de a Alemanha não possuir um único depósito seguro para armazenar resíduos nucleares. A construção de novas usinas nucleares só agravaria o problema, segundo eles.
Por fim, o alto custo da energia nuclear era outra crítica. A Alemanha importa mais da metade do urânio utilizado na produção de energia nuclear de países como Uzbequistão, Rússia e Cazaquistão.
No processo de fechamento das usinas nucleares existem três status. O de “permanentemente desativadas” se refere a usinas que ainda não possuem ou não aplicaram a licença de desativação. O status “em desativação” envolve usinas que estão em recinto seguro ou em desativação com o objetivo de desmantelá-las para liberação da supervisão nuclear. Por fim, as “encerradas” se referem àquelas completamente desativadas e liberadas.
Vale mencionar que a decisão teve oposição no campo político e entre alguns cientistas. Políticos conservadores da oposição criticaram a decisão de não manter as 3 unidades funcionando em estado de “reserva” na matriz energética alemã.
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