Uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Universidade de Birmingham acaba de criar uma cátedra entre Brasil e a Inglaterra para apoiar estudos voltados para o meio ambiente.
A cátedra foi batizada de Chico Mendes para homenagear o seringueiro e ambientalista nascido no Acre que é um dos símbolos brasileiros da luta por direitos ambientais e humanos na amazônia.
Investimentos
A cátedra também vai integrar atividades de pesquisa e ensino de universidades brasileiras e da instituição inglesa. A parceria internacional prevê editais de R$ 3,3 milhões por ano pela Capes durante 5 anos.
Esse valor vai custear bolsas de pesquisa, auxílio deslocamento, auxílio seguro saúde, entre outros. Os bolsistas serão escolhidos através de editais e devem ter experiência na área e possuir título de doutor há pelo menos 15 anos.
Cátedras internacionais
Parcerias e cooperações internacionais entre universidades é essencial para pensar os problemas locais e globais gerados pela catástrofe climática em curso. Nesse sentido, é preciso diversificar as produções acadêmicas na área de meio ambiente, vinculando isso a outras áreas como justiça social, distribuição de renda, redução da desigualdade social, respeito aos povos originários, entre outros exemplos.
As cátedras internacionais funcionam como uma rede de cooperação acadêmica com o intuito de gerar pesquisas entre diferentes universidades. Isso é fundamental para disseminar o conhecimento científico em diferentes localidades e promover solidariedade entre instituições acadêmicas e países. Essas cátedras envolvem intercâmbios de docentes e estudantes, conferências abertas, reuniões de trabalho conjuntas, entre outros exemplos.
Quem foi Chico Mendes
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, foi um seringueiro, ambientalista, ativista político e sindicalista. Além disso, foi militante da reforma agrária e fundador de reservas extrativistas não predatórias.
Nascido no seringal Porto Rico, localizado na região de Xapuri, no Acre, Chico Mendes acompanhava o pai seringueiro em seu trabalho e conseguiu se alfabetizar aos 16 anos. Foi assassinado em 1988 por donos de terras que se opunham à sua luta.