O avanço científico produziu técnicas de reprodução assistida, que vêm sendo buscadas por diversos casais em todo o mundo. Porém, pesquisas recentes têm investigado a relação entre a poluição e a infertilidade masculina.
Pesquisas mostram que este pode ser um problema crescente. E que a qualidade dos espermatozóides é impactada por diversos fatores, incluindo a poluição. A infertilidade masculina é responsável por cerca de metade dos casos de infertilidade e afeta 7% da população masculina. Porém, devido a tabus socioculturais, ainda é muito pouco discutida.
Alguns sinais de que a qualidade dos espermatozóides está reduzida são a baixa contagem e a motilidade espermática reduzida. Essas informações só são verificadas através de exames médicos específicos. O comum é que comece a haver problemas de fertilidade quando o homem apresenta menos de 40 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen.
Outros problemas que têm afetado mais a vida reprodutiva dos homens hoje são a redução dos níveis de testosterona e o aumento da incidência de disfunções eréteis, além de câncer dos testículos.
Contagem de espermatozóides
Em 2022, pesquisadores da Universidade de Dundee (UK) publicaram uma análise das tendências globais da contagem de espermatozoides. O estudo demonstrou que houve uma redução de 1,2% ao ano entre 1973 e 2018 (de 104 para 49 milhões/ml) nas contagens de espermatozoides.
Embora a população global tenha atingido 8 bilhões de pessoas em 2022, as taxas de natalidade em todo o mundo estão atingindo mínimos recordes. Atualmente, mais da metade da população global mora em países com taxa de fertilidade abaixo de dois filhos por mulher.
Substâncias tóxicas
Na Universidade de Nottingham (UK), estudos analisaram a relação entre substâncias encontradas em plásticos, produtos domésticos comuns e retardantes de chamas. E apontam que elas podem prejudicar os sistemas hormonais e a fertilidade dos cães e dos homens.
Os prejuízos vistos são redução da motilidade espermática e aumento da quantidade de fragmentação do DNA (que pode aumentar a ocorrência de aborto espontâneo durante a gravidez).
Outros estudos apontam ainda que espermatozóides são vulneráveis aos efeitos do aumento da temperatura. O que levanta preocupações sobre o impacto do aquecimento global na fertilidade masculina.