Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) aponta que a Terra Indígena Piripkura, apresentou a maior área desmatada da Amazônia Legal. Localizada nos municípios de Colniza e Rondolândia, no norte do Mato Grosso, essa terra indígena perdeu, somente no primeiro trimestre de 2023, uma área de floresta equivalente a 100 campos de futebol.
Isso motivou o Ministério dos Povos Indígenas a publicar uma portaria para restringir o acesso à Terra Indígena Piripkura. Esta normativa, que estava vencida há um ano, visa evitar a invasão desta TI por garimpeiros. Esta TI é habitada por Tamandua e Baita, dois indígenas em isolamento voluntário que sobreviveram a sucessivos massacres nas últimas décadas. Eles são apontados como os últimos dois membros do povo Piripkura.
Distribuição geográfica do desmate
A pesquisa ressaltou que a devastação avança pela metade norte do estado, com destaque para níveis de desmatamento nos municípios de União do Sul (9 km²), Feliz Natal (9 km²) e Aripuanã (8 km²). Nos meses de março de 2022 e 2023, a devastação passou de 57 km² para 86 km² no mesmo mês observado; Isso representa 25% de todo o desmatamento na Amazônia.
No total, foram desmatados 867 km² nos três primeiros meses de 2023. Isso equivale à perda de quase mil campos de futebol por dia de mata nativa. O recorde registrado ocorreu em 2021 (1.185 km² no mesmo período). É importante pontuar que a Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro. E está presente em 8 estados fa Federação (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), além de parte do Maranhão.
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