A alta dos preços dos alimentos no último ano já era esperada por cientistas e pesquisadores que acompanham o desenrolar da catástrofe climática. As mudanças no clima impactam diretamente a produção e disponibilidade de alimentos, o que afeta o preço deles.
Nesse contexto, cresce a busca por fontes de energia alternativas (ou não extraídas de combustíveis fósseis). Veja a seguir o que é o IPCC e qual é a sua importância sobre a catástrofe climática.
O que é
A tradução em português desta sigla inglesa é Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), o seu objetivo é avaliar cientificamente as mudanças do clima.
Além disso, o IPCC fornece tais informações a governos e outros formuladores de políticas. Ademais de apontar as mudanças, o IPCC estuda suas consequências e os riscos que elas podem produzir no futuro.
Nesse sentido, pesquisadores e especialistas do IPCC também propõem iniciativas para mitigar essa mudança. Hoje, este órgão é composto por 195 países membros e o Brasil está entre eles. O IPCC determina o que a ciência sabe sobre a mudança do clima – a partir da literatura científica produzida. E produz relatórios que funcionam como base para negociações internacionais.
Relatórios do IPCC
O IPCC se organiza em três Grupos de Trabalho (GT). O primeiro trata de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade. O outro, de Base da Ciência Física. E o último sobre Mitigação da Mudança do Clima. Além dos relatórios, o IPCC produz um Relatório de Síntese reunindo todas as contribuições feitas pelos GTs. Esses relatórios tratam de questões definidas pelos países membros do organismo.
Um relatório publicado por ele em fevereiro de 2022 alerta a comunidade internacional que humanos e natureza chegaram ao seu limite de adaptação. E aponta que mais de 40% da população mundial atual é “altamente vulnerável” ao estado do clima. Por fim, o IPCC também concluiu que cerca de 14% das espécies avaliadas correm enormes riscos de enfrentar uma extinção se a temperatura média do planeta aumentar 1,5 graus.