A Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (21) que o nível do mar está subindo duas vezes mais rápido do que na primeira década de medições (1993-2002) e atingiu um novo recorde em 2022.
A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) também demonstra que as geleiras também derretem em um ritmo dramático e não são mais conservadas. Isso ocorre porque os indicadores de mudança climática atingiram níveis recordes e a expectativa é que esta tendência se consolide até 2060.
O calor recorde dos oceanos e o derretimento extremo das geleiras elevaram o nível do mar, em média, em 4,62 mm por ano entre 2013 e 2022. Isso corresponde a cerca do dobro visto nesta década, para um aumento total de mais de 10 cm desde o início da década de 1990. Nesse sentido, este relatório evidencia o processo de aquecimento da Terra, motivado pelos níveis recorde de gases de efeito estufa na atmosfera.
Novo recorde de temperatura
O relatório da ONU confirma que a temperatura média global em 2022 era 1,15°C mais alta do que nos tempos pré-industriais (1850-1900). E que os oito últimos anos foram os mais quentes desde o início destes registros.
A expectativa dos cientistas climáticos é que o mundo pode estabelecer um novo recorde de temperatura média até 2024. Isso é resultado da mudança climática e do retorno do El Niño. mais cedo do que esperado
Adicionalmente, a ONU aponta ainda que as geleiras europeias perderam quase 30 metros – taxa muito superior do que a média dos últimos dez anos. Desde 1970, a perda de espessura de geleiras foi de quase 30 metros.
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